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de quarentena com lee moses

  • Foto do escritor: melody erlea
    melody erlea
  • 3 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 5 de nov. de 2024



jamais imaginaria a situação em que, me vendo livre de um vírus pandêmico por 4 anos, estaria isolada de quarentena infectada pela primeira vez com covid (algumas de vocês disseram que é vintage e, cês sabem, i love all things vintage)


estar isolada, mesmo que só por alguns dias, foi um déjà vu estranho e melancólico, e nesses tempos quentes e tristes há pouco a se fazer que não agradecer aos universos pela existência do soul e das incríveis, enigmáticas e míticas figuras da música que são os grandes gênios esquecidos. e temos cá lee moses, que tem sido uma das minhas companhias musicais nessa minha mini-quarentena.



lee moses tinha tudo pra ser um dos eternos nomes da história da música pop, porém como tristemente sabemos muito mais gente dá errado do que dá certo no showbizz 🎙️


vindo, como tantos outros, do mundo da música gospel, lee formou seu primeiro grupo musical, the showstoppers, nos anos 1950, até conseguir, em meados da década de 60, um trampo fixo como músico de estúdio (onde conheceu e frequentemente gravou com um jimmi hendrix pré-fama).



um dos produtores sacou o potencial do menino e em 1971 ele lançou seu único disco, time and place, uma pérola num oceano de singles esquecidos e artistas apagados. eu mesma só

descobri lee moses lá por 2015/16, numa cena de girls em que jessa tá dançando na sala, tentando lidar com seu cold turkey. a música do expurgo? a iNtEnSa bad girl, de lee moses. e jessa de camiseta do wu tang clan dançando lee moses ficou grudada no meu cérebro pra todo o sempre. preciso dizer que, rehab ou não, essa é a única maneira possível de dançar ao ouvir esse disco e, especialmente, essa música.


o disco não fez sucesso e lee moses faleceu doente, triste e anônimo. foi décadas depois que o som levemente diy de seu soul passou a atrair os fãs de raridades sonoras - e, realmente, a vibe garage, os chiadinhos, os desafinados da voz rouca de lee, o cantar-declamado herdado dos pastores gospel.... é soul mas é punk, é único, autêntico, vibrante...


para esse post, além de jessa dançando, escolhi também:


- a versão de lee moses pra hey joe, gravada também por seu amigo jimmi, e minhas outras preferidas do álbum:


- time and place, uma música sobre um amor proibido "até que o tempo os liberte" (o que pode significar que ele tá pegando uma menor de idade ou uma mulher prestes a se divorciar, choose your fighter)


- got that will, que é um hino, me parece, à própria força de vontade de moses de dar certo na música - ele menciona ídolos que o inspiram e que conseguiram estourar, tipo aretha franklin e dionne warwick:


- o começo de bad girl, em que lee declama meio que um prólogo da música, bem estilo pastor mesmo, acho lindo :~


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