minissaia da antiguidade

êpa êpa êpa se não é alexandre o grande que vejo no mosaico acima vestindo uma minissaia bem fofa? e passa pro lado pra ver: marte o deus da guerra eternizado em uma monumental estátua… de minissaia! enganou-se clodovil e enganou-se mary quant, que lá na roma antiga, na grécia antiga, na macedônia e até no antigo egito minissaia era tendência, queridinha, super em alta.

era principalmente usada por soldados e escravos. o tapa-bumbum deles era feito dessas tiras chamadas pteruges (“penas” em grego antigo). ao contrário do que eu achava, os pteruges não são feitos de couro mas de tiras de linho coladas umas nas outras até ficarem grossas e duras. mas não se animem, não era vegano: a cola era feita de gordura de coelho.

os soldados ainda tinham a parte de cima da armadura, que era feita da mesma técnica de linho colado e chamava, olha que belezinha, linothorax (linho no tórax!). o motivo da sainha de pteruges era a mobilidade, já que as tiras deixam as pernas livres, e o clima, já que o ventinho passando no fiofó refresca que é uma beleza (toda usuária de minissaia vai confirmar). inclusive usar calças era considerado uma hábito de povos bárbaros e foi por alguns anos decretado proibido no império romano, cês conseguem imaginar esse mundo?

conforme o império romano foi se estendendo pra regiões mais frias e incorporando os exatos povos bárbaros que eles desprezavam, os soldados passaram a adotar o figurino e usar calças compridas (tava frio, né). cidadãos comuns e a corte seguiam proibidos de tirar as saias. as razões pra isso podem ser várias: tentativa de manter uma cultura romana soberana em época de mix de povos ou distinguir soldados de cidadãos, fazendo a cidade mais fácil de vigiar, quem sabe.

no século VI calças já tavam estabelecidas como a norma em constantinopla, onde a última corte romana restava. ninguém sabe exatamente como isso aconteceu, mas um século antes roma havia sido saqueada pelos visigodos, o que iniciou o fim da soberania cultural romana... e o fim dos rapazes de minissaia, que pena

adoraria ver pernocas masculinas por aí e imaginar os segredos que balançam aquelas saias, vish.