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quem não curte uma bandinha comercial dos anos 60 que atire a primeira pedra

  • Foto do escritor: melody erlea
    melody erlea
  • 27 de jan.
  • 3 min de leitura



uma coisa que amo incondicionalmente sem pudores são bandinhas comerciais dos anos 60. a década de 1960 é uma década incrível musicalmente não apenas por causa dos beach boys, dos beatles e de toda a british invasion (quer dizer, né, kinks, zombies, who e mais uma porrada de coisas geniais), do bob dylan, do velvet underground e etc, mas porque é uma década na qual a quantidade de bandas fabricadas com uma fórmulazinha pro sucesso se proliferava loucamente.


claro que isso também aconteceu nas décadas posteriores, mas nos anos 60 essas bandas pré-fabricadas com a intenção única de fazer dinheiro pras gravadoras eram muito boas*. tipo muito boas mesmo. e eu amo demais esse nicho pop comercial dos anos 60, amo mais do que seria apropriado (mesmo porque minha banda preferida é beach boys que começou claramente de maneira totalmente comercial com um público alvo definido).


uma dessas bandas que eu amo é o gary lewis and the playboys.



everybody loves a clown era uma música que tava numa fita k7 que era uma seleção incrível que meu pai tinha feito pra escutar no carro quando a gente viajava. ela tava no meio de coisas dos beach boys, mamas and the papas, kinks... no meio de várias músicas geniais, tava essa pequena canção que eu sempre achei muito bonita.


depois que eu aprendi a ler, escrever, e falar inglês fui atrás da música e descobri a banda, mas essa música ainda tem uma ligação louca com como eu me sentia no carro indo pra ilhabela. aquela coisa que não dá pra explicar. e talvez vocês ouçam e escutem apenas mais uma música genérica dos anos 60, do tipo de música que venderia facilmente na época. mas pra mim ela é um pouquinho mais que isso.


sem contar que essa letra, né, gente, quem nunca :P


gary lewis é filho do jerry lewis (o comediante, não o jerry lee das great balls of fire), e foi jerry que bancou o sonho do filho de ser músico, com aulas de música, sessões de gravação em estúdio, até a coisa meio que engatar. a rolê todo foi pago do bolso do jerry lewis e encomendado pra dar certo, porque o cara tinha muita influência em hollywood - o clássico caso de nepobaby, mas eu não me incomodo porque é mais música gostosinha pra eu escutar. gary lewis and the playboys tem músicas que são um apanhado de vozes à la beatles, harmonias à la beach boys e melodias à la monkees, porque nada melhor do que criar uma banda comercial de sucesso imitando OUTRAS banda comerciais de sucesso, né? a fórmula tava lá, prontinha pra eles. e eles souberam aproveitar.



mas eu acho mesmo que o fato de ser uma emulação de outras bandas - que tiveram que firmar seu espaço no mundo e na história da música por conta própria, sem pai ator famoso - não tira o mérito deles.


acho que uma coisa é tentar combinar as fórmulas prontas da música pop pra criar mais música vendável mas eu acho que requer um certo talento pra conseguir compor uma baladinha 60s dessa e fazer a coisa bem-feita, dessas músicas que pega no âmago, sabe:



eles podiam não ser gênios, mas existe todo uma manuseio talentosíssimo dos intrumentos pra conseguir fazer uma música dessas.



e é isso, só queria deixar aqui registrado meu amorzinho pelo gary lewis and the playboys e meu respeitozinho pelo trabalho que eles fizeram, fim.


* (e aí aqui eu teria que fazer toda uma digressão sobre monkees, porque eles eram mais uma banda comercial, sim, mas eram uma puta banda; tá aí pra provar o pisces, aquarius, capricorn & jones ltd, mas isso fica pra próxima. sem contar que: davy jones, minha gente, DAVY JONES, o vocalista mais lindo e carismático de bandas dos anos 60, sem contar que ele dançava que era uma delícia, e não tá na capa da comunidade de orkut VOZES COMÍVEIS à toa. puta voz bonita, benzadeus)



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